Ele era lindo - ainda mais bonito do que a lembrança que eu tinha.
- Sara? - Ele chamou. Aquilo era obra do destino, só podia ser. Que outro
motivo nos levaria para o mesmo colégio?
- Minha mãe foi para o Japão - falei, abobalhada. Como se isso explicasse alguma
coisa. - Vim para cá passar o ano com meu pai.
Josh sacudia a cabeça para frente e para trás, repetidas vezes, apatetado, sem
entender nada.
- Sara... eu não acredito. - Deu um passo adiante e apertou minha mão.
Meu coração saiu fora do compasso.
- Eu quis ligar e dizer que vinha pra cá - balbuciei. - Mas não tinha o seu
endereço.
- Pois é, eu sei... - E, com a mesma rapidez com que instantes antes tinha
agarrado minha mão, largou-a, frouxa e abandonada.
- Josh?
Ele espiava por cima de mim, os olhos azuis alarmados.
- Raleigh - ele disse.
Virei o corpo. Raleigh estava parada bem atrás de mim. E sorrindo para Josh.
- Ei, amor! - ela exclamou toda feliz. - Você jogou superbem!
- Obrigado. - Josh afastou-se de mim como se tivessem acabado de anunciar o meu
contato com o vírus Ebola.
Horrorizada, vi Raleigh atirar-se nos braços estendidos de Josh.
- Oi Sara - Raleigh me disse, depois de finalmente desgrudar dele. - Você já
conhece o meu namorado?